Quem eu sou?

Como não tenho o dom de ler pensamentos, me preocupo somente em ser amigo e não saber quem é inimigo. Pois assim, consigo apertar a mão de quem me odeia e ajudar a quem não faria por mim o mesmo.
Quem não lê, não pensa, e quem não pensa será para sempre um servo.


quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O papel do cristão nas eleições



Esta questão reflete muito mais nossas contínuas decepções com os políticos do que a nossa dúvida diante da múltipla possibilidade de escolha entre bons candidatos.
Em quem votar? Se dissermos "Em ninguém" ou "em branco", não estaremos respondendo com seriedade ao nosso compromisso cristão, pois acabaríamos favorecendo, com nossa omissão, algum partido ou candidato sem compromisso.
 O vocábulo política vem do grego, polis, ‘cidade’. A política, pois, procura determinar a conduta ideal do Estado, pelo que seria uma ética social. Política significa simplesmente a arte de governar. Para muitos evangélicos, entretanto, essa palavra não soa bem porque ela carrega um estigma ruim, dado o comportamento de alguns políticos, especialmente quando se desviam do objetivo devido e vão após os prazeres corruptos que desmoralizam a vida cristã.
Diz a nossa Constituição que “todo poder emana do povo e que em seu nome é exercido”. Portanto, como dizem os sociólogos, “todo povo tem o governo que merece”. O governante sai do meio do povo e é escolhido pelo povo. Porque uma vez escolhido os governantes de modo errado, só resta democraticamente suportá-los, até nova oportunidade de mudá-los. Enquanto o povo não souber escolher bem seus representantes não terão dias melhores.
A principal arma dos cristãos no regime democrático é o voto. É através dele que o cristão pode fazer valer a sua vontade e o seu legítimo poder. É pelo voto que cada cristão participa dos destinos de sua nação. É pelo voto que ajuda a nação a mudar de rumo, que elimina os maus governantes, etc.
Para que o cristão tenha uma participação ativa na política é necessário incentivar o levantamento e o debate dos problemas sociais em cada município, os problemas do estado e do país. É importante participar de debates, diálogos entre amigos e familiares no sentido de instruir os que não têm informações corretas para que não sejam manipulados pelas propostas eleitoreiras.
O cristão deve votar com a consciência, escolhendo entre todos os candidatos o melhor, independente de interesses, sentimentalismos, grau de parentesco ou amizade. Também disso vamos prestar contas à Deus um dia. O eleitor cristão precisa ter em mente que quando ele vota está exercendo certo poder, e Jesus disse que todo poder vem do alto e é dado por Deus.
Vamos votar de maneira consciente, sem aceitar manipulações. Nossa confiança não é posta em homens, mas em Deus que nos governará através deles. Em qualquer situação os governos humanos serão apenas um paliativo para o problema do homem. Somente Deus através de Jesus tem a solução definitiva para o problema homem.

 Oração

"Orienta-nos, Senhor, para escolhermos com sabedoria os governantes do nosso país e do nosso estado. Detém a corrupção, a ganância e as injustiças. Que o Senhor nos abençoe, para o bem do Brasil, do nosso estado, da nossa cidade e para Sua glória. Em nome de Jesus, Amém."

Paulo Daltro é evangélico, membro da Igreja Presbiteriana em Simão Dias. Graduado em Tecnologia da Informação, Pós-Graduando em Gestão de Pessoas. É dirigente político e Analista em Relações Internacionais.

O MUNDO É DOS ESPERTOS



“O mundo é dos espertos”, alguém já dizia. O problema é quando “o outro” é mais esperto – cá para a gente. Hobbes definia a natureza humana como uma arma em franca hostilidade que, caso não abrandada por um onipotente poder, traria a guerra de todos contra todos. A sociedade humana então seria impossível em termos de civilização sem um poder cuja natureza poderia variar entre o poder sobrenatural, o carismático e o racionalmente eleito.

Hoje, e como sempre, assistiremos a uma briga na sucessão municipal, cuja natureza está diretamente ligada a essa natureza egoísta e golpista do ser-humano. A nossa Constituição, vale lembrar, deu autonomia ao povo organizado partidariamente, artigo 17, 1º, da Constituição que resguarda a ”adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações”. Assim, impassíveis, assistimos os casos de flagrantes desrespeitos aos cidadãos sob sua ótica de “autonomia partidária” – politiqueira eleitoreira para ser mais claro.

Na política, apesar dos “regulamentos” preverem só um eleito (majoritário), proclamam-se vários campeões de “votos”, dirigentes aproveitam-se dos apelos do povo para proclamarem um “vale tudo” fazendo da política uma grande vitrine de como não se deve gerir um “mandato”, como também fazem da política algo acima da lei. Vejam o casuísmo do pós-eleição ao proclamar os derrotados “campeões de votos” e os mais votados em acordos políticos de barganha de cargos.

A graça do acordo político é obra digna de um aristocrata do século 18 que concedia honras aos seus fiéis apadrinhados. E não é por causa do sorriso do prefeito, governador ou presidente não, é dinheiro mesmo. Os correligionários se aproximando da eleição, negociam seus “votos garantidos” em detrimento dos pobres pequenos partidos que possuem um poder de barganha menor.

A união de vários partidos sem expressão, conhecido como “pequenos”, no uso de suas “forças” reorganizadas, - igual a um time de futebol, onde contratam alguns nomes conhecidos - agora, agindo de acordo com a regulamentação do Código Eleitoral, tentam quebrar o monopólio dos “predadores e perpétuos” do poder. Eles, que tem a “máquina” como grande amiga, que por sua vez tentam se manter com seu “aliado” de maior confiança e que poderá influenciá-lo sempre que achar conveniente. Já os “pequenos” partidos, como perderam a disputa, tentam agora através de um “golpe” sórdido atrapalhar o que seria um dos melhores negócios para os “grandes” continuarem no poder, até mesmo para seus correligionários derrotados nas proporcionais passada.

Por que então estes cidadãos ocasionalmente representantes dos partidos ditos repetitivamente “pequenos” querem melar a “licitação” promovida pelos grandes? Isso nem Freud Explica.

É tempo de mudanças e no plural


Ainda que bastante atarefado, decidi, após assistir durante um ano a atual gestão municipal, escrever este pequeno artigo sobre o tempo em que nos encontramos.

Minha motivação
“Somente na medida em que nos fizermos íntimos de nossos problemas, sobretudo de suas causas e de seus efeitos, nem sempre iguais aos de outros espaços e de outros tempos, ao contrário, quase sempre diferentes, poderemos apresentar soluções para eles” (Paulo Freire). 

Pensando alto
Esta história de que o gestor está do lado do povo merece uma análise mais criteriosa após toda a "poeira baixar". Penso que ele terá que se empenhar um pouco mais para confirmar o discurso. O fato é que ele deve estar entre a cruz e a espada, pois se ficar com o povo, compra briga com os "capa-bodes", se ficar do lado da monarquia, o prejuízo pode ser muito grande. 2010 já chegou! Viva o ano novo! Viva! Viva! É ano de eleições. Eita ano bom!

Mais Feliz!
Essa palavra parece fazer mágica na hora de dirigir palavras ao povo. O povo se sente importante quando o homem fala que é pra todos nós. Nestas horas é bom até falar mal de outras cidades menos felizes para tentar diminuir a gravidade de uns problemas bem próprios daqui. O senhor do poder recebe umas aulas e uns treinamentos a respeito do que o povo gostaria de ouvir mesmo nunca a coisa se tornando realidade.
O mundo e a vida são mais complexos que a certeza do gestor e seus técnicos, economistas, políticos que odeiam o debate e vivem distanciados da realidade. Para eles administrar se resume a reservas estratégicas, estatísticas, juros e finanças controladas, obedientes ao Estado. Eles representam de fato “o Estado contra o povo!”
Agem como que destituídos de consciência. A consciência sobre os atos que gera as ações obrigatórias de interesse primordial para o bem comum. A estrutura do poder ignora realidades complexas e diversas. Ignora a consciência que move os homens para as obrigações de proteção da família e do território onde retira o seu sustento.

O outro lado da moeda
O povo também tem a sua culpa, porque a união é tão grande para o futebol e carnaval, então quando somos lesados todos os dias pelos supostos governantes, ninguém faz nada, só sabem pedir a Deus. Como diz o ditado: “O povo tem quem merece no poder”.

Ao homem da caneta
“Abre a boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham desamparados. Abre a boca, julga retamente e faze justiça aos pobres e aos necessitados.” (Provérbios 31.8-9).

Pra refletir
A gente, que paga impostos para alimentar essas estruturas de poder, espera a recompensa em dias melhores, em (...)Dias Mais Feliz. Tem consciência da vida ameaçada. A maioria tem uma crença e agradece a Deus, da maneira como o concebe, encontrando o conforto espiritual necessário para manter a esperança de cada dia.

Peço a Deus por minha gente, pois os dias são maus e os trabalhadores, poucos.
Ah! Esqueci! O Estado é laico! Desculpa pelas palavras bíblicas.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

A Revolução da Internet

O advento da internet juntamente com as suas inexoráveis conseqüências no modo de agir e pensar da sociedade atual, modificando-o de forma definitiva, pode ser considerado como um acontecimento de impacto semelhante ao causado pela Revolução Industrial (segunda metade do século XVIII), tendo em vista as inúmeras e profundas transformações que esta última também impôs à sua época.
Tal afirmação se baseia no fato de que, guardada as devidas proporções relacionadas à velocidade relativa do tempo em que ocorreram, ficam evidentes as transformações econômicas, políticas, culturais, sociais e inclusive pessoais que foram impostas às nossas vidas.
Imaginar a internet como um simples repositório de informações, acessíveis de qualquer lugar do mundo é subestimar sua real importância e função em um planeta onde a informação não só precisa estar acessível a qualquer tempo, mas, sobretudo, precisa ser transportada a qualquer instante independente da distância que separam as partes interessadas.
É nesse contexto que a tecnologia da informação (TI) surge como um condensador das necessidades de acessar, processar e transportar a informação.
Sistemas de informação complexos sempre existiram em virtude das enormes dificuldades impostas pelos processos operacionais das organizações, entretanto, os permanentes desafios que esses sistemas sempre enfrentaram foram a complexidade no processo de transporte da informação, bem como a correta utilização dos dados armazenados para que os mesmos pudessem ser transformados em informação de utilidade, agregando valor e transformando-se em um diferencial preponderante para a gestão.
O desenvolvimento da TI colabora fortemente com a questão da correta utilização da informação, classificando-a, organizando-a e permitindo sua livre manipulação pelos usuários interessados. Sistemas de “workflow” controlam os processos desde o seu início até seu respectivo fim, dando uma visibilidade nunca antes imaginada pelos seus usuários. Grandes quantidades de dados são manipuladas de forma inteligível pelas organizações por meio de seus “Datamarts”, transformando-se em informações de fundamental utilidade para as mesmas.
Em relação ao seu transporte, essa barreira foi literalmente pulverizada com a chegada da internet. A acessibilidade disponibilizada pela infra-estrutura da rede mundial, bem como a criação dos diversos protocolos de transmissão de dados eliminou toda e qualquer dificuldade antes imposta pelas barreiras físicas de acesso.
Compras passaram a ser pagas em tempo real, entregas de pedidos acompanhados da mesma maneira. Dados financeiros antes restritos àquele público-alvo estão disponíveis em qualquer parte do mundo, acessíveis por quaisquer pessoas que tenham interesse e autorização por aquela informação. Pesquisas científicas são compartilhadas, a educação é levada para todos os cantos do planeta, palestras, convenções e até mesmo manifestações tiveram seu poder de cooptação e abrangência infinitamente multiplicados pela internet.
A própria telecomunicação tradicional foi abalada e teve de se adaptar às novas vertentes digitais disponibilizadas pela internet, tais como telefonia IP, aplicações de mensagens instantâneas etc.
Os mercados tradicionais se tornaram presas fáceis para os que se utilizam de maneira eficaz e consciente a grande rede.
Entretanto, se faz necessária a lembrança de que juntamente com as benesses adquiridas, a internet também nos impôs muitas mazelas, dentre as quais se destacam a falta de privacidade e a sujeição às novas formas de crimes. Porém, como toda nova tecnologia disponibilizada à humanidade, é esta última que se encarregará de regular essa nova maneira de interagirmos, de forma a buscar o equilíbrio entre as virtudes e defeitos encontrados.
Pode-se afirmar que há reciprocidade entre os processos de TI e internet, sendo que a última não brilharia com tamanha intensidade se não houvesse os sistemas de TI sustentando-a e dando valor às informações ali disponibilizadas, bem como a TI não teria alcançado tamanho valor junto às organizações se não tivesse se aproveitado da infra-estrutura e informações disponibilizadas pela rede mundial de computadores.
Diante do exposto, fica evidente que a revolução provocada pela internet em todos os setores da economia, principalmente levando-se em consideração sua aplicabilidade e conveniência junto à área de TI, otimizou e racionalizou senão todos, ao menos a maioria dos processos relevantes para o planejamento do futuro e sobrevivência dos próprios setores no mundo globalizado.

Negócios Eletrônicos No Brasil

Segundo o site TI Inside, especializado em assuntos relacionados à tecnologia da informação, um estudo da consultoria comScore afirma que o Brasil é o segundo país do mundo em número de acessos a redes sociais e, de acordo com estudo da Pyramid Research, o mercado de smartphones saltará 600% na América Latina até 2014, liderado pelas vendas realizadas em território brasileiro.
Em complemento à informação supracitada e conforme pesquisa realizada pela consultoria e-Bit, o mercado com maior destaque em 2009 foi o e-commerce, com um faturamento na ordem de R$ 4,8 bilhões no primeiro semestre de 2009 – o que significa um aumento de 27% em relação ao mesmo período do ano passado.
Tais informações indicam um movimento sem volta em direção à virtualização do comércio e dos relacionamentos sociais, apoiados em uma convergência digital nunca antes percebida.
Não há como negar que este novo modo de relacionamento entre as pessoas e, principalmente, de realização de negócios de maneira eletrônica é a grande tendência a ser incorporada nos hábitos das pessoas e das organizações para garantia da sobrevivência das mesmas já no mundo atual e no futuro.
Dentre os diversos modelos de negócios eletrônicos existentes, a quase totalidade é aplicada em território nacional, quais sejam:
•B2B (Business to Business) – empresas realizando transações entre si;
•B2C (Business to Consumer) – empresas negociando com consumidores;
•C2C (Consumer to Consumer) – negócios entre consumidores;
•C2B (Consumer to Business) – consumidores negociando com empresas;
•B2G (Business to Governement) – empresas negociando com o Governo;
•G2B (Governement to Business) – referente àquelas iniciativas no campo do governo eletrônico, voltadas para o provimento de informações e serviços aos investimentos e negócios, bem como de apoio à atratividade e desenvolvimento de negócios em uma região específica;
•G2C (Governement to Consumer) - referente àquelas iniciativas no campo do governo eletrônico, voltadas para o provimento de informações e serviços aos cidadãos, bem como de interação direta entre o cidadão e o governo e inclusão digital, considerando tanto meios virtuais e/ou físicos;
•B2E (Business to Employee) – empresas realizando transações e/ou disponibilizando informações aos seus empregados;
•E2E (Employee to Employee) – empregados de uma empresa realizando negócios entre si.
•G2G (Governement to Governement) – operações internas e relações intergovernamentais;

Destaca-se como único modelo de negócio eletrônico não aplicável no Brasil o C2G (Consumer to Governement), onde o cidadão (ou consumidor) disponibilizaria informações ou negócios ao governo.
O C2G só se efetivará quando os níveis de informatização da sociedade alcançar níveis extremamente abrangentes e, enquanto este fato não ocorre, o cidadão/consumidor somente receberá atenção do governo para as suas demandas pelos meios convencionais não-digitais.

Percebe-se que o Brasil é vanguarda entre os países em desenvolvimento em relação ao alto nível de disponibilidade e efetiva usabilidade de negócios eletrônicos.
Conclui-se que a razão de tal fenômeno está baseada não somente na capacidade de construção de soluções tecnológicas satisfatórias mas, fundamentalmente, na capacidade que temos de nos relacionar sem receios com o mundo virtual – fato que nos difere no restante da humanidade.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A FÁBULA DOS PORCOS ASSADOS

* Autor desconhecido
Certa vez, aconteceu um incêndio num bosque onde havia alguns porcos, que foram assados pelo fogo. Os homens, acostumados a comer carne crua, experimentaram e acharam deliciosa a carne assada. A partir daí, toda vez que queriam comer porco assado, incendiavam um bosque... Até que descobriram um novo método.

Mas o que quero contar é o que aconteceu quando tentaram mudar o SISTEMA para implantar um novo. Fazia tempo que as coisas não iam lá muito bem: às vezes, os animais ficavam queimados demais ou parcialmente crus. O processo preocupava muito a todos, porque se o SISTEMA falhava, as perdas ocasionadas eram muito grandes - milhões eram os que se alimentavam de carne assada e também milhões os que se ocupavam com a tarefa de assá-los. Portanto, o SISTEMA simplesmente não podia falhar. Mas, curiosamente, quanto mais crescia a escala do processo, mais parecia falhar e maiores eram as perdas causadas.

Em razão das inúmeras deficiências, aumentavam as queixas. Já era um clamor geral a necessidade de reformar profundamente o SISTEMA. Congressos, seminários e conferências passaram a ser realizados anualmente para buscar uma solução. Mas parece que não acertavam o melhoramento do mecanismo. Assim, no ano seguinte, repetiam-se os congressos, seminários e conferências.

As causas do fracasso do SISTEMA, segundo os especialistas, eram atribuídas à indisciplina dos porcos, que não permaneciam onde deveriam, ou à inconstante natureza do fogo, tão difícil de controlar, ou ainda às árvores, excessivamente verdes, ou à umidade da terra ou ao serviço de informações meteorológicas, que não acertava o lugar, o momento e a quantidade das chuvas.

As causas eram, como se vê, difíceis de determinar - na verdade, o sistema para assar porcos era muito complexo. Fora montada uma grande estrutura: maquinário diversificado, indivíduos dedicados exclusivamente a acender o fogo - incendiadores que eram também especializados (incediadores da Zona Norte, da Zona Oeste, etc, incendiadores noturnos e diurnos - com especialização matutina e vespertina - incendiador de verão, de inverno etc). Havia especialista também em ventos - os anemotécnicos. Havia um diretor geral de assamento e alimentação assada, um diretor de técnicas ígneas (com seu Conselho Geral de Assessores), um administrador geral de reflorestamento, uma comissão de treinamento profissional em Porcologia, um instituto superior de cultura e técnicas alimentícias (ISCUTA) e o bureau orientador de reforma igneooperativas.

Havia sido projetada e encontrava-se em plena atividade a formação de bosques e selvas, de acordo com as mais recentes técnicas de implantação - utilizando-se regiões de baixa umidade e onde os ventos não soprariam mais que três horas seguidas.

Eram milhões de pessoas trabalhando na preparação dos bosques, que logo seriam incendiados. Havia especialistas estrangeiros estudando a importação das melhores árvores e sementes, o fogo mais potente etc. Havia grandes instalações para manter os porcos antes do incêndio, além de mecanismos para deixá-los sair apenas no momento oportuno.

Foram formados professores especializados na construção dessas instalações. Pesquisadores trabalhavam para as universidades para que os professores fossem especializados na construção das instalações para porcos. Fundações apoiavam os pesquisadores que trabalhavam para as universidades que preparavam os professores especializados na construção das instalações para porcos etc.

As soluções que os congressos sugeriam eram, por exemplo, aplicar triangularmente o fogo depois de atingida determinada velocidade do vento, soltar os porcos 15 minutos antes que o incêndio médio da floresta atingisse 47 graus e posicionar ventiladores gigantes em direção oposta à do vento, de forma a direcionar o fogo. Não é preciso dizer que os poucos especialistas estavam de acordo entre si, e que cada um embasava suas idéias em dados e pesquisas específicos.

Um dia, um incendiador categoria AB/SODM-VCH (ou seja, um acendedor de bosques especializado em sudoeste diurno, matutino, com bacharelado em verão chuvoso) chamado João Bom-Senso resolveu dizer que o problema era muito fácil de ser resolvido - bastava, primeiramente, matar o porco escolhido, limpando e cortando adequadamente o animal, colocando-o então numa armação metálica sobre brasas, até que o efeito do calor - e não as chamas - assasse a carne.

Tendo sido informado sobre as idéias do funcionário, o diretor geral de assamento mandou chamá-lo ao seu gabinete, e depois de ouví-lo pacientemente, disse-lhe: "Tudo o que o senhor disse está muito bem, mas não funciona na prática. O que o senhor faria, por exemplo, com os anemotécnicos, caso viéssemos a aplicar a sua teoria? Onde seria empregado todo o conhecimento dos acendedores de diversas especialidades?". "Não sei", disse João. "E os especialistas em sementes? Em árvores importadas? E os desenhistas de instalações para porcos, com suas máquinas purificadores automáticas de ar?". "Não sei". "E os anemotécnicos que levaram anos especializando-se no exterior, e cuja formação custou tanto dinheiro ao país? Vou mandá-los limpar porquinhos? E os conferencistas e estudiosos, que ano após ano têm trabalhado no Programa de Reforma e Melhoramentos? Que faço com eles, se a sua solução resolver tudo? Heim?". "Não sei", repetiu João, encabulado. "O senhor percebe, agora, que a sua idéia não vem ao encontro daquilo de que necessitamos? O senhor não vê que se tudo fosse tão simples, nossos especialistas já teriam encontrado a solução há muito tempo atrás? O senhor, com certeza, compreende que eu não posso simplesmente convocar os anemotécnicos e dizer-lhes que tudo se resume a utilizar brasinhas, sem chamas! O que o senhor espera que eu faça com os quilômetros e quilômetros de bosques já preparados, cujas árvores não dão frutos e nem têm folhas para dar sombra? Vamos, diga-me?". "Não sei, não, senhor". "Diga-me, nossos três engenheiros em Porcopirotecnia, o senhor não considera que sejam personalidades científicas do mais extraordinário valor?". "Sim, parece que sim". "Pois então. O simples fato de possuirmos valiosos engenheiros em Porcopirotecnia indica que nosso sistema é muito bom. O que eu faria com indivíduos tão importantes para o país?" "Não sei". "Viu? O senhor tem que trazer soluções para certos problemas específicos - por exemplo, como melhorar as anemotécnicas atualmente utilizadas, como obter mais rapidamente acendedores de Oeste (nossa maior carência) ou como construir instalações para porcos com mais de sete andares. Temos que melhorar o sistema, e não transformá-lo radicalmente, o senhor, entende? Ao senhor, falta-lhe sensatez!". "Realmente, eu estou perplexo!", respondeu João. "Bem, agora que o senhor conhece as dimensões do problema, não saia dizendo por aí que pode resolver tudo. O problema é bem mais sério e complexo do que o senhor imagina. Agora, entre nós, devo recomendar-lhe que não insista nessa sua idéia - isso poderia trazer problemas para o senhor no seu cargo. Não por mim, o senhor entende. Eu falo isso para o seu próprio bem, porque eu o compreendo, entendo perfeitamente o seu posicionamento, mas o senhor sabe que pode encontrar outro superior menos compreensivo, não é mesmo?".

João Bom-Senso, coitado, não falou mais um a. Sem despedir-se, meio atordoado, meio assustado com a sua sensação de estar caminhando de cabeça para baixo, saiu de fininho e ninguém nunca mais o viu. Por isso é que até hoje se diz, quando há reuniões de Reforma e Melhoramentos, que falta o Bom-Senso.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Jesus Cristo, Judas e Lula

Lula declarou que no Brasil Jesus teria de fazer aliança com Judas. Por meio de quem Lula veio a conhecer esse “Jesus” que se entrega a sujas alianças políticas?

Engana-se quem acha que Lula não pensa em Jesus Cristo. Recentemente, ele disse: “Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão”.
Se é verdade que o Jesus que a maioria da sociedade conhece é resultado da percepção que é transmitida pelas grandes religiões cristãs, então Lula está cercado de líderes cristãos que lhe espelham um Jesus bem diferente do Jesus do Evangelho. Lula vê os lideres marxistas da CNBB, os bispos e pastores evangélicos oportunistas ávidos de concessões e outros privilégios e deve imaginar: “Se essa gente aí diz seguir Jesus, então Jesus deve ser como eles!”
O Evangelho conta que a atitude de Jesus em seus únicos momentos diante das autoridades políticas era o silêncio. Falar o que com políticos? Eles se julgam deuses e donos da verdade. Diante da arrogância, a suprema sabedoria se cala, porque sabe que o dia da suprema justiça chegará.
Quando fez referência ao governante de sua época, Jesus se limitou a chamá-lo de “raposa” — um título bem apropriado para a vasta maioria dos políticos brasileiros. Uma raposa é esperta e usa tal esperteza para alcançar suas maldades. Uma raposa política se aliaria a Judas e a qualquer outra criatura para alcançar suas maldades.
Uma raposa religiosa não agiria de forma diferente, preferindo entrar em alianças políticas com Pilatos, Herodes, Acabes e outros do que perder oportunidades financeiras. Por isso, Jesus chamava os líderes religiosos de hipócritas.
O Jesus que Lula conhece está na face das raposas religiosas que o cercam. É com o testemunho delas que Lula chegou à conclusão de que “Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão”.
Ao espelharem tal Jesus, conscientemente ou não, as raposas religiosas acabam se tornando os Judas modernos, traindo Jesus e seu Evangelho de salvação.
É com esses Judas que Lula e seu partido estão aliançados. É nesses Judas que Lula tem sua percepção de quem é Jesus e do que faria Jesus na política brasileira.
Com o testemunho que Lula viu e vê na marxista CNBB, IURD, Caio Fábio e outros, será de estranhar se um dia desses ele aparecer declarando a idéia bizarra de que Jesus poderia se aliar com o próprio diabo?

Fonte: www.juliosevero.com

domingo, 12 de julho de 2009


Olá pessoal!

Nossa cidade tem mais um provedor de internet banda larga.


Isto mesmo, a UAUBR não é mais a única.

Veja os planos da NEET TELECOM:

100Kbps 39,90

128Kbps 49,90

256Kbps 69,90


Promoção de Inauguração:

Plano Migração (quem sair de outro provedor) 20% de desconto nos 3 primeiros meses

Plano Universitário 20% de desconto nos 9 primeiros meses

Plano Professor 20% de desconto nos 9 primeiros meses


Pagamento via boleto banese e debito em conta.


Antenas 150,00 parcelado no banese card ou no boleto da mensalidade.


Interessado? Ligue para Paulo: (79) 9805-9490 / 8807-0930


Em resumo, é o dobro da velocidade pelo mesmo preço, e ainda, com desconto, e mais ainda, o preço da antena é metade do valor da concorrente.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

EXIJAMOS DIREITOS, SEM NOS AJOELHARMOS

Como se não existissem causas suficientes para enlouquecer, a proliferação de siglas com motivo da crise multiplica-se de maneira tal, que ninguém as entende. A primeira foi a do G-20, grupo seleto que pretendeu representar todos em Washington; a segunda, o grupo também seleto de Apec, que se reuniu em Lima; ali estavam presentes o país mais rico, Estados Unidos, no primeiro lugar, com um PIB per capita de US$ 45 mil anuais, e o que ocupa ao redor do 100º lugar, a República Popular da China, com US$ 2.483, o maior investidor em Bônus do Tesouro daquele país.O G-192 é como o presidente Leonel Fernández, da República Dominicana, que não está em nenhum dos dois, denomina tal grupo, aludindo à cifra dos membros das Nações Unidas numa conferência econômica com a participação de Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel dessa ciência.
George Soros, grande magnata de origem húngara e cidadão americano, imensamente rico, ouvia os discursos, entre outras personalidades importantes. É tarefa de enxadristas perscrutar os argumentos de tão diversos interesses nacionais e empresariais dos grupos G-20 e G-21.Acontece que, se um país do Terceiro Mundo assina, ao mesmo tempo, acordos de livre comércio com oito ou dez países desenvolvidos ou emergentes, entre os quais alguns que se caracterizam por ser produtores tradicionais de mercadorias abundantes e atraentes a baixo custo ou produtos industriais sofisticados, como Estados Unidos, Canadá, Japão, Coréia do Sul etc., a indústria nascente de um país em desenvolvimento terá que concorrer com os produtos sofisticados que saem da indústria dos mais desenvolvidos ou das mãos laboriosas de seus poderosos parceiros, um dos quais administra a seu capricho as finanças mundiais. Apenas teriam o papel de produtores de matérias-primas baratas necessárias para grandes investimentos que serão, em todo caso, propriedade estrangeira com plenas garantias contra veleidades nacionalizadoras.Assim sendo, ficariam com as mãos estendidas aguardando o apoio caridoso ao desenvolvimento, e uma eterna dívida a pagar com o suor de seus filhos. Por acaso não é a mesma coisa que aconteceu até hoje?Por isso, não hesito em me solidarizar com a posição de Chávez, quando afirma que não concorda com a receita de Lima. Sobram razões. Observemos o desenrolar dos acontecimentos, exigindo direitos sem nos ajoelharmos.

Fidel Castro Ruz23 de novembro de 2008 19h30

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Realismo mágico na política externa

O Globo
Realismo mágico na política externa
Rubens Barbosa
A distância entre a retórica e a realidade nas declarações públicas sobre qualquer assunto de altos funcionários do atual governo é conhecida. No tocante à política externa, em especial, esse descompasso está adquirindo características preocupantes, pois a ele se soma uma superestimação de nossa capacidade e de nossos recursos na implementação do que o presidente Lula denominou de "política da generosidade" para com nossos vizinhos do subcontinente. "O Brasil tem que assumir definitivamente a responsabilidade pela integração da América do Sul. Não há concessões excessivas quando as diferenças de dimensão são tão extraordinárias e quando nossos interesses as exigem para a construção na América do Sul de um bloco que nos fortaleça a todos", reza a doutrina oficial. O mais novo desdobramento da política externa em relação à região foi a sugestão de que "o Brasil deveria promover um Plano Marshall sul-americano para superar a devastação diária causada pelo subdesenvolvimento", no dizer de um dos proponentes da idéia. Essa eventual iniciativa brasileira, segundo se anuncia, deveria imaginar um programa mais amplo, mais enérgico, mais generoso e mais ágil dos países mais ricos da região em favor daqueles mais pobres, a exemplo do Plano Marshall. Em termos de política externa, estamos entrando na fase do realismo mágico. Resta saber quem, na categoria dos mais ricos da região, se disporia a levar adiante a idéia junto com o Brasil. Argentina e Venezuela seriam os candidatos naturais. Parece mais realista, contudo, nas circunstâncias difíceis que enfrentam internamente, incluí-los hoje entre os que devem de demandar recursos para suas respectivas reconstruções econômicas.... O Brasil já comprometeu centenas de milhões de dólares dos cofres públicos com apoio financeiro aos países da região (perdão de dívidas do Paraguai e da Bolívia), aumento da contribuição do Brasil à Corporación Andina de Fomento e a majoritária contribuição financeira do Brasil no Focem. Agora, anunciam-se uma hidrelétrica binacional com a Bolívia (não bastam os problemas com o Paraguai em Itaipu) e a cessão, sem pagamento, de energia à Argentina e ao Uruguai (em troca de energia futura), como novos exemplos de generosidade. Seria legítimo esperar que resultados concretos dessa política generosa tenham alguma contrapartida que possa ser contabilizada positivamente na defesa de nosso interesse nacional. Seria constrangedor, porém, elaborar aqui uma lista das contrapartidas que o Brasil recebeu. Basta lembrar a última delas. A Argentina manifestou-se contrária à posição do Brasil/Mercosul nas negociações multilaterais de comércio da Rodada Doha, peça fundamental da estratégia de negociação comercial externa do atual governo. Não está em questão o real e justificado interesse do Brasil em ter vizinhos com uma economia estável e em desenvolvimento. A liderança para um plano Marshall na região, contudo, é uma proposição totalmente diferente. Como atribuir prioridade a tal iniciativa quando se sabe que algumas regiões de nosso país, em especial o Nordeste e o Norte, são mais pobres do que a maioria de nossos vizinhos? Como concentrar esforços e grandes recursos financeiros para generosamente ajudar nossos hermanos, quando os verdadeiros necessitados são nossos irmãos? Não podemos ignorar que o Brasil, nos últimos dez ou quinze anos, com a estabilidade da economia, e impulsionado pelo crescimento da economia mundial e do comércio exterior, vem se projetando de forma crescente no exterior. Pela internacionalização das muitas empresas brasileiras e por estar no centro das discussões de alguns temas que interessam a todos os países, em especial os desenvolvidos, como a questão energética (etanol e petróleo), de meio ambiente (mudança de clima) e alimentos (escassez de alguns produtos e alta cotação das commodities), a situação externa, nos seus fundamentos, modificou-se para o Brasil. Para nós, o Mercosul se tornou pequeno. A médio prazo, se continuarmos nesse caminho, também a América do Sul ficará pequena para o Brasil. Urge que o governo e as empresas brasileiras pensem globalmente. Nossos interesses imediatos estão no entorno geográfico, mas não devemos perder de vista as oportunidades que estão se abrindo e se abrirão nos próximos anos para o setor privado brasileiro em regiões onde se localizam os maiores e mais dinâmicos países do mundo. RUBENS BARBOSA é presidente do Conselho de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).